domingo, 25 de março de 2007
Um sonho de liberdade
Caminhava por uma estrada deserta, no negrume da noite o som do silêncio fazia meu coração bater como o martelo na bigorna, a brisa da noite estava morna, mas eu sentia um calafrio que me dava tremor e que causava pavor, um pavor não sabia do que, pois sabia que estava sozinho, mas aquele medo não me abandonava não sabia aonde ir, mas não podia voltar nem parar, pois se parasse meu coração pararia também aí seria o fim. Tinha que caminhar, caminhar.
Quanto mais a bruma caia, mais escurecia e o som lúgubre da noite parecia o estalar de um chicote, eu sabia que era imaginação, mas por mais que tentasse ignorar o som do estalar do chicote ele varava a noite não me deixando pensar.
Ao longe ouvia o som de um pássaro noturno, um som angustiado anunciando algo que eu não queria saber, mas era o destino do qual eu não podia fugir, não agora. Embora a escuridão da noite fosse impenetrável ao olhar, eu caminhava a passos retos embora trôpegos. No céu não havia uma fresta de luar a escuridão reinava total. Uma coisa tinha certeza, logo os raios de sol surgiriam, os pássaros cortariam o céu e eu iria abraçar o mundo, a vida como nunca havia feito antes. De repente senti um gosto amargo na boca e acordei, abri os olhos e senti uma angústia, um aperto no coração, ali estava eu entre três paredes atrás das grades de uma prisão.
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